16 de dez. de 2011

Pesquisa revela opinião do brasileiro sobre as redes de fast-food

Desenvolvida pela Shopper Experience, a pesquisa “Fast-Food no Brasil” – conduzida com 5.815 pessoas em todo o país, de 18 a 55 anos – revela os hábitos de consumo e preferências dos clientes de alimentação rápida. O estudo mostra que a preferência pelo fast-food em detrimento do restaurante tradicional se dá, para 74% dos entrevistados, pela conveniência, rapidez e agilidade na refeição. Entre as redes preferidas, 44% dos entrevistados apontam o Mc Donald´s; 17% o Subway; 8% o Burger King; 7% Habibs e 5% Spoleto.


A pesquisa mostra que 28% dos brasileiros fazem refeições em restaurantes fast-food mais de uma vez por semana; 27% uma vez por semana; 20% uma vez a cada quinzena; 13% uma vez ao mês; 10% menos de uma vez por mês; e 2% nunca consomem alimentos em redes fast-food. Ao questionar quais são os três fatores mais importantes para a escolha de um fast-food, a pesquisa aponta que 56% dos consumidores contumazes creditam como fator mais importante para a escolha o sabor da comida; e 27% consideram mais importante a higiene do local.

"Embora o senso comum atribua questões como preço e localização das lojas como determinantes para o consumo em restaurantes fast-food, esses fatores são apontados por apenas 5% dos entrevistados. A pesquisa mostra que a preferência se tornou quase uma questão cultural, um hábito alimentar”, afirma Stella Kochen Susskind, presidente da Shopper Experience e coordenadora da pesquisa. No tocante à localização, 70% preferem as lojas instaladas em shopping centers; 25%, as lojas de rua; 5%, os estabelecimentos situados em centros comerciais; e 1% em centros universitários e escolas. Os pedidos são geralmente feitos em praças de alimentação/lojas (85%); drive thru (9%); e delivery (6%).


Do que você mais gosta na rede de fast-food? De acordo com a coordenadora da pesquisa, 65% dos entrevistados responderam que o sabor é o fator determinante para o consumo.


Pagar mais para ter o melhor


“É interessante ressaltar que ao questionar o que poderia ser melhorado nas redes de fast-food, 23% respondem que o preço. Ou seja, embora não seja determinante, os entrevistados acham que o custo da alimentação ainda é alto. Cerca de 16% se queixam da variedade de alimentos e 11% do tempo de espera nas filas”, detalha Stella.

Você estaria disposto a pagar mais para melhorar os aspectos que julga negativos nas redes de fast-food? A pesquisa mostra que 42% dos brasileiros entrevistados estariam dispostos a pagar mais contra 58% que não. A porcentagem alta de consumidores dispostos a desembolsar mais dinheiro é, na opinião de Stella Kochen Susskind, um sinal claro do que denomina por “consumidor moderno”.


“A pesquisa mostra que 31% dos entrevistados estariam dispostos a pagar 10% a mais para resolver questões como preço, variedade e atendimento; 9% pagariam de 10% a 20% a mais. Embora tenhamos uma maioria de 58% que não desembolsaria nenhum centavo a mais, vemos que há uma tendência de querer ser parte da solução. Na prática, o consumidor quer manter uma relação de transparência; há muitos clientes dispostos a pagar mais para ter o melhor. Trata-se de uma nova lógica na relação de custo–benefício”, detalha a especialista.


Os consumidores de fast food no Brasil estão interessados em novidades no cardápio. A pesquisa aponta que 86% dos entrevistados gostariam que as redes incluíssem mais lançamentos no cardápio. Um outro aspecto que deve ser motivo de atenção por parte dos gestores é a falta de mesas. “Há uma clara tendência, mostrada por 45% dos entrevistados, de priorizar as lojas com mesas exclusivas.


As ofertas adicionais de bebida, sobremesa, molho, café e combos – feitas ali no caixa –, mostram-se uma oportunidade lucrativa; 35% dos entrevistados quase sempre aceitam; 9% sempre aceitam; e 8% nunca aceitam. Há um percentual de 48% que raramente aceitam, ou seja, há espaço para aperfeiçoar os mecanismos de oferta”, afirma Stella. A executiva acrescenta que a pesquisa aponta o caminho para estreitar o relacionamento com os clientes: 60% aceitariam se o produto oferecido estivesse de acordo com as preferências e 37% se não aumentasse o valor da refeição.

Escopo da pesquisa

A pesquisa 'Fast-Food no Brasil' detectou também o perfil dos consumidores brasileiros. A maioria dos consumidores de fast food está em São Paulo: são 47% da base de entrevistados, somando 2.731 pessoas. Ao contrário do que se imagina, os casados estão entre os maiores consumidores de fast food (50%) contra 41% de solteiros; e 9% de viúvos/separados. Entre os entrevistados, 62% não têm filhos contra 38% de pais – 28% têm filhos com idade entre 1 ano e cinco anos; 27% têm crianças com idade entre cinco e 10 anos; 24% têm filhos com idades entre 10 anos e 15 anos.

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